terça-feira, 17 de novembro de 2009

MALTA DO MEU TEMPO QUE VINHA NA ESTRADA DE SANTA BÁRBARA DE NEXE


MALTA DO MEU TEMPO QUE VINHA NA ESTRADA DE SANTA BÁRBARA DE NEXE
(ROSSIO, em Santa Bárbara de Nexe)

ESTUDANTES DA ESCOLA, DO LICEU E DO MAGISTÉRIO QUE VINHAM NA ESTRADA DE SANTA BÁRBARA.


Nos anos cinquenta, começou o grande ataque da malta do campo às instituições de ensino da cidade. O campo tinha bons valores que se revelavam na instrução primário, onde o grande julgador era o professor da quarta classe.

Se o aluno tinha talento, o prof. mandava chamar os pais e aconselhava-os a que os filhos prosseguissem. Os melhores “montanheiros” batiam-se com os melhores da cidade e disso dou aqui dois exemplos ( mas poderia dar mais); os casos do nosso Presidente da República, de Boliqueime e o senhor Almirante Brito Afonso, de Bordeira, que foram alunos distintos.

Da estrada da Santa Bárbara de Nexe vinham dos Gorjões, parece-me, a Gabriela Canadas que vinha de motorizada e que fez o curso do Magistério Primário e o Adolfo Pinto Contreiras, que estudou no Liceu e fez o curso do ISEL, a minha prima Isilda Garrochinho que vinha da zona do Poço e fez carreira no Governo Civil de Faro.

Propriamente de Santa Bárbara de Nexe vinha o Engº José Pinto Faria que fez o ISEL, e já agora, foi campeão nacional de judo e é compadre do meu tio Zé Bárbara, o BIDEIA, jogou a defesa central na equipa de futebol da Escola Comercial, sempre limpo, que estava de saída quando eu cheguei, dispunha de uma elegância notável, de visão e leitura de jogo acima da média, fisicamente poderoso, grande poder de impulsão e excelente poder de antecipação e um aluno brilhante.

De Santa Bárbara vinha ainda o José Coelho Pinto que emigrou para Austrália e casou com a Zélia Simão do Patacão, o César Melgaz com destino à Marinha , o Afonso Custódio de Brito cujo destino desconheço, o Bento que foi para o Canadá e é filho do Canito, que vendia sorvetes, o Manuel Silvestre que foi Presidente da Junta, o João Manuel Alcaria reformado da Banca, os meus primos Ismael Estanqueiro e José Garrochinho e vinha também o Zé Cristina que trabalhou comigo na Companhia de Diamantes de Angola e frequentava o ensino nocturno.

Quase todas estas pessoas voltaram às origens depois do desempenho de boas carreiras profissionais fora dela. E não ficaram a dever nada ao pessoal da cidade.

Não sei se me falta aqui referir alguém, desses que chegaram longe e que foram alunos do Professor Leitão ou da Professora Feliciana?

Se faltar, digam alguma coisa. (FALTA SIM SENHOR; falta um .. quem será?:)

Santa Bárbara de Nexe uma aldeia a visitar.


JOÃO BRITO SOUSA

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