quinta-feira, 19 de novembro de 2009

OS BONS PETISCOS

OS BONS PETISCOS
“O Berbigão” (1)

Por Alfredo Mingau


Hoje resolvi projectar a minha escrita para este delicioso marisco.
Recordar o belo berbigão da nossa Ria Formosa.
Era assim, segundo me conta o “Moce”; já repararam que eu apelido todos os meus informadores com este pseudónimo? Eu, também, estou no grupo deles.


Geralmente era ao Domingo. O “Moce pedia ½ tostão à mãe; pegava no cabaz “tipo lancheira”; deslocava-se à rua da Barqueta, em Faro, e comprava ao senhor Manjua, o cabaz cheio, com aquela importância. Berbigão da nossa Ria Formosa.
Podem crer que o cabaz, segundo “o Moce”, tinha capacidade para cerca de 5 quilos.
À tardinha, preparava o fogareiro a petróleo, colocava uma chapa em cima, metia ar dentro do fogareiro, colocava o berbigão na chapa e, sentado em frente ia-se regalando à medida que abriam.
Hoje, poucos têm fogareiro a petróleo e, os que o possuem, não os utilizam.
Uma delícia para fazer crescer água na boca a todos os que me lêem.
O pãozinho caseiro e o imprescindível copo de vinho tinto, naquele tempo feito “a martelo”. O Júlio da Nortenha era um especialista e fazia vinho delicioso.
Costeletas, vai um berbigão!? Podemos combinar uma "vila" de berbigão...
Inté
(1) O Dr. Cândido de Sousa dizia-me: é o único marisco que não faz mal. Tem mais vitamina C que a laranja

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