sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Remédio Insólito

Remédio Insólito
O “PENTELHINHO”


De Alfredo Mingau

O “Moce”, costeleta dos bons, de seu nome... chamemos-lhe “Gualdino”, tinha a residência ali pr’ós lados da Galvana. Era agricultor de profissão, no amanho das suas terras, casado, com cinco filhos, produto de cinco anos de casamento. Acabara de nascer o quinto. Os filhos davam-lhe muita despesa, preocupação e perda de tempo para conseguir dirigir a bom termo os seus trabalhos agrícolas. Tinha que cuidar dos filhos, para ajudar a mulher. Cinco!
Levou bastante tempo a pensar e, por fim, tomou uma decisão. Vestiu o fatinho de ver a Deus e saiu de casa sem dar cavaco à mulher. Dirigiu-se para a cidade.
Naquele tempo havia o consultório de um médico, na rua de Santo António, de seu nome, salvo erro, passe a publicidade, porque, com certeza já não existe, “Formozinho”, especializado em vias “urinárias”.
O médico, no seu gabinete do consultório, disse à empregada que introduzisse o próximo cliente. Com a ficha de inscrição na mão, observou o cliente e disse:
- Faça favor de se sentar senhor Gualdino. Qual é o seu problema?
- Doutor, em cinco anos de casado, tenho cinco filhos e o trabalho não me chega para tanta despesa. Queria que me receitasse qualquer coisa para não engravidar a mulher.
O médico ouviu com atenção e disse:
- Use o preservativo senhor Gualdino, é uma decisão eficaz.
- Qual quê senhor Doutor. Não! Eu se pudesse até tirava a pele.
O médico sorriu e avançou com a solução de, no acto da ejaculação, retirar.
- Retirar?! Eu, se pudesse, introduzia mais...
O médico coçou a cabeça, pensando ter na presença um paciente de difícil solução mas, gostaria de o ajudar e teve a seguinte ideia:
- Senhor Gualdino, experimente fazer o seguinte. Quando estiver no acto da ejaculação, puxe por um “pentelhinho” da sua mulher, com a dor ela torce-se e... fóra!
- Gualdino ouviu, pensou e disse que iria pôr em prática essa solução.
- Depois diga-me alguma coisa.
E despediu-se do cliente.
O tempo foi correndo o seu ritmo normal. Passaram-se dois meses. O médico já não se lembrava daquele cliente e do seu problema. Ao pegar na ficha para mandar entrar o próximo, recordou aquela situação insólita.
- Olá senhor Gualdino, sente-se. Então a solução deu resultado?
- Foi a melhor solução que o doutor me podia receitar. Tenho-me sentido mais descansado e sem os problemas que me afectavam.
- Óptimo senhor Gualdino, então continue com o “tratamento”
- Não posso doutor e, é por isso que estou aqui.
- E qual é o problema?
- O problema, senhor Doutor, é que esta noite arranquei o último “pentelhinho “ da mulher...!
----------------------
A história acaba aqui, não iremos continuar a devassar o problema conjugal e a privacidade do senhor Gualdino. Mas uma ilação se poderá tirar desta insólita e anedótica história; os Costeletas que queiram fazer um planeamento familiar, poderão pôr em prática esta solução.


Inté

Nenhum comentário:

Postar um comentário