terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O HOMEM.

O HOMEM.

Quando se emprega a palavra Homem, em geral, somos (eu sou, pelo menos) levados a concluir que a palavra encerra o ser humano normal e mais qualquer coisa. Ou seja, é mais completo, está um bocadinho acima daquilo que vulgarmente se chama, de ser humano.

Comecei a duvidar do homem, quando o Nero os colocou à briga com os leões lá no circo. Mas havia muitíssimas razões para duvidar dele antes disso. A cena dos leões achava-a injusta e a despropósito e ainda hoje acho. Tal como as touradas em Espanha, uma autêntica violência. E lembrei-me do Hemingway que adorava esse espectáculo e depois, lembrei-me dele também, por causa daquela sua famosa frase: é muito difícil ser homem.

Nestes entretantos lembrei-me de mim, o que é que eu tenho andado a fazer nestes últimos tempos. Ah… ontem à noite estive muito bem, foi no Restaurante “O Púcaro em Lisboa” na Tertúlia do Ângelo Rodrigues e pisei o palco. E entre outras coisas contei aquela cena do Antero de Quental que dizia ao João de Deus, amo-te João e a coisa caiu muito bem no pessoal e não foi preciso dizer-lhes que esse tratamento era motivado pelo grande respeito e consideração que nutriam um pelo outro.

Eu disse: como vêem, os homens também se amam.

Vou jantar, ver o Benfica e depois venho acabar a crónica, seja qual for o resultado.

Estamos nos 4 a zero. Tudo bem.

Uma vez no Porto, meti-me com o escritor Francisco José Viegas dizendo-lhe; você tem ódio às coisas. Não tenho ódio nenhum, é a maneira como eu as vejo. Fiquei vermelho quando ouvi o Dr. Chico. Mas isto ainda perdura em mim…ver ódio onde não há …

Doutra vez zanguei-me forte com o meu melhor amigo e meses depois com o segundo melhor, digamos. Não percebi porquê. Mas continuámos amigos e somos amigos.

Penso, e

Entendo que este, deveria ser o caminho..

Pela parte que me toca, vou fazer por isso. Já. E vai ser à ANTERO.

Amo-vos.

E deixo um afectuoso abraço.

João Brito Sousa

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