sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MANUEL TEIXEIRA GOMES



RELEMBRANDO GRANDES FIGURAS ALGARVIAS


MANUEL TEIXEIRA GOMES

De Alfredo Mingau - (Costeleta da "Velha Guarda" - anos 40)

Introdução

Para não tornar as minhas crónicas/biográficas longas e maçadoras, resolvi faze-las resumidas mas, numa resenha que dê a entender o percurso da pessoa escolhida.

Biografia

Manuel Teixeira Gomes nasceu em Vila Nova de Portimão em 27 de Maio de 1862.
Os Pais José Líbano Gomes e Maria da Glória Teixeira Gomes.
Estudou no Colégio de S. Luís Gonzaga até aos 10 anos de idade, de onde saiu para o Seminário de Coimbra para continuar os estudos. Passou, depois, para a Universidade de Coimbra frequentando Medicina e perde-se numa vida de boémia.
Mas o pai continua a dar-lhe uma mesada deixando-o viver a vida como ele queria. Entretanto, porque a sua tendência era para a arte, literatura, pintura e escultura, seguiu a literatura, continuando a dedicar-se, também, às outras, tendo como amigo Columbano.
Viveu alguns tempos no Porto colaborando em revistas e jornais. “O 1º de Janeiro”, do Porto e “A Luta” de Lisboa.
Como o pai se dedicava ao comércio de frutos secos, Teixeira Gomes viajou pela Europa e pelos países do Mediterrâneo como negociante.
Enamorou-se de Belmira das Neves, de quem teve duas filhas. Belmira era Filha de pescadores, facto que impediu o casamento com Manuel Teixeira Gomes por este pertencer a uma família importante de Portimão.
A sua vida política começa em 1911 como diplomata em Paris e Londres.
Escreveu “Inventário de Junho” (1899), “Agosto Azul” (1904), “Gente Singular” (1909).
Em Londres foi convidado pela Rainha Alexandra para lhe decorar o Gabinete Oriental no seu palácio de Buckingham.
Era Ministro dos Negócios Estrangeiros em Londres, quando foi chamado a Portugal, no início de 1918, pelo então eleito Presidente da República, Sidónio Pais que o demite do cargo. Teixeira Gomes fixa-se no Algarve como administrador de propriedades.
Em 6 de Agosto de 1923 é eleito como o 7º Presidente da República, depois de confrontado com Bernardino Machado.
No dia 11 de Dezembro de 1925 resigna ao cargo, partindo para Bougie, na Argélia, num auto-exilio voluntário, continuando a escrever. Uma das suas obras “O Exilado de Bougie”.
Além das obras indicadas escreveu:
- “Cartas Sem Moral Nenhuma” (1904);
- “Sabrina Freira” (1905);
- “Desenhos e Anedotas de João de Deus” (1907);
- “Cartas a Columbano” (1932);
- “Novelas Eróticas” (1935);
- “Regressos” (1935);
- “Miscelânea” (1937);
- “Maria Adelaide” (1938);
- “Carnaval Literário” (1938).
Não regressa mais a Portugal.
Morreu em 18 de Outubro 1941, na Argélia, e os seus restos mortais são transladados para Portugal em Maio de 1950. (Há quem aponte o dia 16 de Outubro de 1950).
Durante as cerimónias do funeral em Portimão foi agraciado, a título póstumo, com a Grã-Cruz das três Ordens Militares Portuguesas, a Legião de Honra e as mais altas condecorações inglesas.
Foi designado Patrono da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes de Portimão.

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